
Em uma conquista significativa para a pesquisa ambiental brasileira, a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) acaba de ser selecionada para participar de uma iniciativa transformadora na preservação dos ecossistemas costeiros.
A instituição integrará o projeto Re-Mare, uma iniciativa revolucionária focada na restauração dos manguezais da região amazônica maranhense1.
Inovação e Tecnologia
O projeto prevê a implementação do Centro de Recuperação de Manguezais (Cermangue), uma instalação de ponta que revolucionará a produção de mudas nativas. Este centro inovador terá capacidade para produzir até 30 mil mudas anualmente1.
Palavras do Especialista
O professor Alexandre Oliveira, especialista do CECA/UFAL, enfatiza a magnitude do projeto:
Será importante essa troca de experiências e o desenvolvimento de novas metodologias para a restauração dos manguezais. A principal estratégia é a produção de mudas de espécies nativas para recompor áreas degradadas.
Impacto Ambiental e Social
O professor também destaca:
Além da importância ecológica, eles têm grande relevância social e econômica, especialmente para comunidades costeiras que dependem de seus recursos, como o sururu, patrimônio imaterial de Alagoas.
Dado Científico Relevante
Os manguezais possuem uma capacidade extraordinária de sequestrar carbono, sendo até 8 vezes mais eficientes que outros ecossistemas1.
Parcerias Estratégicas
O projeto se fortalece através de colaborações importantes, incluindo o programa Pró-Manguezais Alagoas, uma iniciativa que une forças entre o MPE, MPF e pesquisadores da UFAL.
Brasil intensifica esforços na preservação dos manguezais: UFAL se destaca em rede nacional de proteção
O projeto da UFAL se soma a uma crescente rede nacional de iniciativas para preservação dos manguezais brasileiros. Em um momento crucial para a conservação ambiental, estas ações ganham ainda mais relevância considerando que o Brasil detém a segunda maior área de manguezais do planeta.
Na Bahia, por exemplo, o Projeto CO2 Manguezal – Floresta Viva demonstra a urgência dessas iniciativas. Com meta ambiciosa de restaurar 217 hectares de manguezais e matas ciliares até 2027 na Baía de Todos-os-Santos, o projeto evidencia um problema alarmante: entre 2015 e 2020, o estado perdeu quase 25 mil hectares de florestas, com uma redução de 21% da área de manguezais entre 2000 e 2017.
A seleção do nosso projeto pelo edital Floresta Viva – Manguezais do Brasil representa um reconhecimento importante do trabalho desenvolvido em Alagoas, destaca o professor Alexandre Oliveira. O edital, que selecionou apenas oito projetos em todo o país, demonstra o rigor e a excelência das iniciativas escolhidas.
O cenário nacional ganhou ainda mais força com o lançamento do ProManguezal pelo governo federal, um programa que reconhece estes ecossistemas como fundamentais não apenas para a biodiversidade aquática, mas também como aliados cruciais no enfrentamento das mudanças climáticas.
A integração dessas iniciativas – desde o projeto da UFAL até os programas estaduais e federais – forma uma rede robusta de proteção ambiental, essencial para a preservação desses ecossistemas vitais para o equilíbrio climático e a biodiversidade brasileira.
Cronograma
As atividades iniciais do projeto estão programadas para um período de dez dias em fevereiro de 2025, marcando o início desta transformação ambiental.